O disco intervertebral desempenha um papel crucial, agindo como um ponto de movimento entre os corpos vertebrais, absorvendo e distribuindo as cargas. Com o envelhecimento, o disco perde sua capacidade de manter suas funções, resultando em sobrecarga das estruturas adjacentes e potencial instabilidade.
Cada disco intervertebral é composto por um núcleo pulposo, uma substância gelatinosa, circundada por um anel fibroso. Este último é formado por camadas concêntricas de tecido fibrocartilaginoso e proteínas fibrosas, oferecendo resistência à compressão, torção e flexão. O núcleo pulposo, por sua vez, é predominantemente composto por água, proteínas e proteoglicanos, com sua composição alterando-se ao longo da vida, tornando-se mais fibroso e menos capaz de absorver impactos com o passar dos anos.
A vascularização do disco intervertebral diminui com a idade, tornando-se praticamente avascular na adolescência. Alterações na concentração de proteínas nos ânulos fibrosos ocorrem, com fibras de colágeno maiores e menos resistentes. Com o envelhecimento, o anel fibroso pode fibrilar e desenvolver fissuras radiais, permitindo que o núcleo pulposo extravase podendo resultar em hérnia de disco.
A degeneração do disco intervertebral contribui para a progressão de estágios na doença degenerativa da coluna vertebral, que incluem disfunção, instabilidade e estabilização. Isso pode levar a complicações como espondilolistese e estenose espinhal, afetando diretamente as raízes nervosas e causando sintomas como lombalgia, ciatalgia, quando ocorre na coluna lombar e cervicalgia e braquialgia quando acomete a coluna cervical.
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da doença degenerativa do disco, sendo a predisposição genética o mais significativo. Outros fatores incluem tabagismo, exposição a cargas repetidas, obesidade e vibração.
O diagnóstico dessa condição muitas vezes requer avaliação clínica e exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética.