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Síndrome da cauda equina

O primeiro relato conhecido da Síndrome da Cauda Equina foi em Berlim, em 1909. Naquela época, acreditava-se que ela era causada por um crescimento excessivo ósseo no canal espinhal. No entanto, em 1934, descobriu-se que as compressões ocorriam principalmente devido a protusões de discos herniados.

A cauda equina refere-se à estrutura formada pelas raízes nervosas lombares e sacrais, desempenhando funções motoras e sensitivas. Estas raízes nervosas ocupam o espaço dentro do canal vertebral na região lombar.

A Síndrome da Cauda Equina ocorre quando há uma compressão aguda e significativa do canal medular, onde estão localizados as raízes nervosas. Essa compressão pode ser causada por diversos fatores, incluindo trauma, hérnia de disco (a causa mais comum), manipulação quiroprática, iatrogênica, tumor na coluna vertebral, infecção e problemas vasculares.

Você já ouviu falar sobre a síndrome da cauda equina?

Os sintomas clínicos da Síndrome da Cauda Equina incluem dor lombar, ciática (dor irradiada para os membros inferiores), anestesia em sela e região perianal, disfunção vesical e anal (como perda involuntária ou retenção de urina e fezes), diminuição do tônus muscular nos membros inferiores e ausência de alguns reflexos.

Trata-se de uma condição grave que pode levar à paralisia das pernas, perda do controle urinário e evacuatório, e se não tratada rapidamente, pode ser irreversível.

Após a suspeita da Síndrome da Cauda Equina, um médico especialista em coluna deve confirmar o diagnóstico por meio de exames. A ressonância magnética é o método preferido, embora a tomografia computadorizada ou o mielograma também possam ser utilizados.

Foto – ressonância mostrando volumosa hérnia de disco L4-L5 ocupando mais de 80% do canal medular causando síndrome da cauda equina.

Foto – ressonância mostrando volumosa hérnia de disco L4-L5 ocupando mais de 80% do canal medular causando síndrome da cauda equina.

O tratamento de urgência consiste na descompressão medular. O médico deve avaliar a necessidade de tratar outras condições da coluna que estejam causando a compressão, como fixação de fraturas, administração de antibióticos para infecções, ressecção da hérnia de disco ou tratamento do tumor com radioterapia ou quimioterapia.

Estudos indicaram melhores resultados quando o tratamento é iniciado antes de 48 hora. Pacientes tratados dentro de 24 horas geralmente recuperam a força muscular normal ou quase normal em 6 a 12 meses.

A recuperação da função intestinal e vesical pode ser mais lenta, irregular e incompleta. Alguns estudos relataram que apenas 14% dos pacientes recuperaram completamente a função vesical.

A disfunção sexual, como impotência, perda de sensibilidade e incontinência durante o coito, é uma sequela comum. A maioria das mulheres não recupera completamente a sensibilidade vaginal se a descompressão demorar mais 48 horas após o início dos sintomas.

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