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Lombalgia facetária / degeneração zigoapofisária

A coluna vertebral é uma estrutura notável, com complexos detalhes biomecânicos, desempenhando funções vitais como proteção dos elementos neurais, sustentação do corpo, facilitação da mobilidade e absorção de impactos.

Composta por 33 vértebras, cada segmento da coluna, possui três pontos de conexão formando um tripé. Essas conexões consistem no disco intervertebral anteriormente e nas duas facetas articulares posteriormente. Essa configuração em tripé permite uma variedade de movimentos, incluindo flexão, extensão, inclinação lateral e rotação.

As facetas articulares, semelhantes a outras articulações do corpo, são revestidas por uma camada espessa de cartilagem, que ajuda a absorver pequenos impactos e permite um deslizamento suave entre elas, reduzindo o atrito. Além disso, possuem uma membrana sinovial que produz um líquido lubrificante (líquido sinovial), facilitando o movimento entre as superfícies articulares.

As articulações facetárias, também conhecidas como articulações zigoapofisárias, desempenham um papel crucial na limitação do excesso de movimento de cada segmento da coluna e na distribuição adequada da carga durante os movimentos.

A síndrome facetária é uma condição clínica resultante do processo degenerativo e/ou inflamatório das articulações zigoapofisárias. Essa degeneração pode ser desencadeada por diversos fatores, como traumas, processos inflamatórios ou imunológicos, levando à degradação da cartilagem articular. Os sintomas geralmente surgem devido à irritação da membrana sinovial, cápsula articular e periósteo adjacente, incluindo dor localizada e rigidez.

Os sintomas da síndrome facetária variam dependendo da região afetada:

  • Facetas lombares: dor lombar com possível irradiação para as nádegas e parte posterior das coxas, exacerbada pela posição em pé e pela extensão do tronco. Os sintomas tendem a ser mais intensos pela manhã e à noite, aliviando-se durante a atividade física e a flexão do tronco.
  • Facetas cervicais: dor no pescoço que pode irradiar para as costas e cabeça, agravada pela extensão do pescoço (olhar para cima). Assim como na região lombar, os sintomas costumam ser mais intensos pela manhã e à noite, com alívio durante a atividade física e a flexão do pescoço.

O diagnóstico da síndrome facetária geralmente envolve avaliação clínica, exame físico e exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética.

O tratamento conservador é frequentemente o primeiro passo e pode incluir o uso de medicamentos para alívio da dor e inflamação, fisioterapia, reabilitação postural e bloqueios facetários para alívio temporário dos sintomas.

Nos casos em que o tratamento conservador não proporciona alívio adequado, podem ser consideradas opções mais invasivas, como a rizotomia por radiofrequência ou a artrodese segmentar.

É fundamental discutir todas as opções de tratamento com um médico especialista em coluna, para que juntos possam decidir a melhor abordagem para cada caso individual.

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