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Espondilolistese

O termo espondilolistese, de origem latina, descreve uma condição em que uma vértebra (espôndilo) desliza (listese) anteriormente sobre outra, resultando em uma deformidade na coluna vertebral.

Essa condição surge devido à falha dos mecanismos estabilizadores dos segmentos vertebrais, onde os “ganchos” posteriores podem estar fraturados, alongados ou desconectados. Isso leva ao deslizamento progressivo da vértebra superior sobre a inferior, causando deformações no disco intervertebral e nos ligamentos. Em estágios avançados, pode ocorrer compressão das estruturas nervosas.

Além disso, a espondilolistese também pode ocorrer em adultos com degeneração discal e artrose nas articulações facetárias, sendo mais comum em mulheres e frequentemente afetando o nível L4-L5 da coluna lombar.

Os sintomas da espondilolistese variam amplamente e incluem lombalgia, aumento da curvatura lombar, perda de equilíbrio do tronco, contratura dos músculos posteriores das coxas, espasmo muscular, alterações na marcha e, em casos mais graves, ciática e déficits neurológicos.

A condição pode ser classificada como de baixo grau, quando o deslizamento da vértebra é de 0 a 50%, ou de alto grau, quando o deslizamento é de 50 a 100%.

Na avaliação da espondilolistese, é importante distinguir entre sua evolução em crianças e adultos. Em adultos, a lombalgia pode persistir independentemente do grau de deslizamento, e apenas uma minoria dos casos progride para um deslizamento mais grave. Além disso, a maioria dos pacientes não apresenta déficits neurológicos.

O diagnóstico geralmente envolve exames de imagem, como radiografias, tomografias e ressonância magnética, que ajudam a avaliar o grau de deslizamento vertebral, a anatomia óssea e possíveis compressões nervosas.

O tratamento conservador é geralmente preferido para pacientes assintomáticos ou com espondilolistese de baixo grau e pode incluir medicamentos, fisioterapia e reabilitação postural. No entanto, para pacientes com sintomas persistentes, deslizamento de alto grau ou danos neurológicos, o tratamento cirúrgico, como a artrodese vertebral, pode ser necessário.

Atualmente, existem várias opções cirúrgicas, com uma tendência crescente para técnicas menos invasivas, como XLIF (para espondilolistese degenerativa) e TLIF minimamente invasivo (para outras formas de espondilolistese).

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